13 de abril de 2018

O Caráter do Evangelho

Ézio Pereira da Silva

A Bíblia Sagrada revela algumas facetas exemplificativas do caráter, muitas vezes ignorado, do verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo, com relação ao cristão.



As Escrituras ensinam que enquanto o cristão estiver vivendo nesse tempo presente, mesmo considerando sua sinceridade, amor e fidelidade a Deus em tudo, permanece válida a verdade de que,

O Evangelho não lhe dá garantia de prosperidade financeira;

O Evangelho não lhe dá garantia de riquezas materiais;

O Evangelho não lhe dá garantia de uma posição social de destaque;

O Evangelho não lhe dá garantia de saúde física;

O Evangelho não lhe dá garantia de isenção de dificuldades;

O Evangelho não lhe dá garantia de ausência de sofrimentos;

O Evangelho não lhe dá garantia de que não sofrerá privação de alimentos e, até mesmo, fome;

O Evangelho não lhe dá garantia de ser compreendido pelos seus semelhantes e familiares;

O Evangelho não lhe dá garantia de não ser perseguido;

O Evangelho não lhe dá garantia de não ser maltratado;

O Evangelho não lhe dá garantia de integridade física;

O Evangelho não lhe dá garantia de uma vida de paz nos padrões da sociedade;

O Evangelho não lhe dá garantia que Deus responderá todas as suas orações;

O Evangelho não lhe dá garantia de que obterá vitória em todas as lutas;

O Evangelho não lhe dá garantia de felicidade nesta vida;

O Evangelho não lhe dá garantia de que terá gratidão pelas suas boas obras;

O Evangelho não lhe dá garantia de reconhecimento de sua piedade;

O Evangelho não lhe dá garantia de alívio de todas as suas aflições;

O Evangelho não lhe dá garantia de livramento de tragédias diversas;

O Evangelho não lhe dá garantia de não sofrer infortúnios familiares;

O Evangelho não lhe dá garantia de ser livre de prejuízos financeiros;

O Evangelho não lhe dá garantia de livramento nem mesmo de morte física prematura.

A despeito dessa realidade, o Evangelho lhe dá a absoluta, certa, completa e total garantia de que o cristão herdará a vida eterna, com todos os inimagináveis e indescritíveis benefícios eternos a ela inerentes, além da infalível certeza de que Deus enxugará de seus olhos toda lágrima, eliminará para sempre a tristeza, dor, medo, pavor e morte, colocando em seu lugar a eterna e verdadeira felicidade.

Precisa de mais alguma coisa?

A promessa da Palavra de Deus é: “... os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós”. Rm 8.18.


9 de abril de 2018

As Razões de Deus

Ėzio Pereira da Silva

Por que Deus não faz algumas coisas que nós pensamos que ele deveria fazer; enquanto faz outras que achamos que não deveria fazer? Por que Deus faz o que faz?

Por que, muitas vezes, Ele age de maneira totalmente diversa daquela que imaginamos e, não raras vezes, de forma estranha?

Por que razão Ele deixa para agir, quase sempre, no “último momento”, quando tudo parece já estar perdido?

Deus age assim por várias razões. Dentre outras possíveis, algumas delas:

Primeira: ele conhece todas as coisas de maneira prévia, abrangente, plena, profunda e total, além do perfeito inter-relacionamento entre elas; e como elas interagem entre si;
Segunda: sabe o objetivo de cada uma delas e o bem ou o mal que cada uma, separadas ou juntas, pode provocar.
Terceira: ele é santo, justo, bom, amoroso e de caráter irretocável;
Quarta: ele é a fonte de todo o conhecimento, ciência, inteligência e sabedoria;
Quinta: ele é atemporal. Não está limitado ao tempo (Cronos, Kairós ou Aeon). Passado, presente e futuro, para ele, é realidade contínua, inseparável, indivisível, constante, ininterrupta, viva, concreta e atual;
Sexta: ele é essencialmente perfeito e perfeito em tudo o que faz;
Sétima: sabe de maneira plena e profunda o que é certo e o que é errado;
Oitava: conhece o tempo certo para cada coisa e ação, quando elas precisam ocorrer e os possíveis resultados que produzirão;
Nona: a decisão que tomar (fazer ou deixar de fazer), conforme a necessidade de cada questão, sempre será boa, perfeita, objetiva, justa e amorosa, já considerados todos os aspectos e condições favoráveis e desfavoráveis;
Décima: Ele é Soberano sobre todas as coisas e possui o controle e domínio de tudo;
Décima-primeira: Ele conhece profunda, total e perfeitamente o resultado certo, além das possíveis e impossíveis consequências de e para cada coisa ou ação;
Décima-segunda: conhece todas as coisas de forma total e perfeita, em todos os sentidos e níveis, quer espirituais, físicos e emocionais, sabendo tudo o que é falso e o que é verdadeiro;
Décima-terceira: Ele conhece e sabe total e perfeitamente a razão e a finalidade de todas as coisas;
Décima-quarta: até aquilo que não existe Ele conhece total e perfeitamente e, de acordo com o seu propósito, soberania e exclusiva prerrogativa e autoridade, quando necessário, como Criador, traz à existência qualquer cxoisa inexistente - Rm 4.17;
Décima-quinta: Ele costuma agir quando quem o pede para realizar algo perde todas as esperanças que possuía em outras soluções, permitindo que mostre seu cuidado e amor pelas vidas que criou;
Décima-sexta: Ele é conhecedor total, profundo e perfeitamente entendido de todas as ciências, mistérios, o visível e o oculto. Toda a inteligência e sabedoria possuem nele a sua fonte;
Décima-sétima: Ele é o Criador de tudo o que é natural e sobrenatural. Ele é quem tem o domínio de tudo e de todos e sabe com perfeição a utilidade, finalidade e destinação de cada coisa que existe, seja visível ou invisível, ate mesmo das coisas inexistentes;
Décima-oitava: possui Ele o domínio total e é quem sela o governo e o destino de todas as nações da terra;
Décima-nona: Ele é quem detém o controle de todas as áreas do conhecimento e dos relacionamentos humanos;
Vigésima: Deus é quem possui o domínio, a autoridade e o controle total e absoluto de todos os poderes dos infinitos universos existentes, criados pelo seu imensurável poder, e os que ainda vierem a existir;
Vigésima-primeira: toda a eternidade futura, isto é, tudo o que está por vir, Deus conhece perfeitamente de antemão. Ele tem prévio e pleno conhecimento de como vão terminar todas as coisas provisórias e como ficarão estabelecidas as de caráter eterno.

Por tudo isso, e ainda muito mais, é que ele tem absolutamente todo e qualquer direito de fazer o que bem quiser, sem se submeter à consultas ou prestação de contas a nada e a ninguém.

Quer ver algo interessante? Ele não consultou nada, nem a ninguém, para fazer você do jeito que você é, com as suas características peculiares. Você é singular! Exemplar único. Não existe ninguém, nenhum outro ser humano igual a você.

Por essas e outras razões, é sábio e prudente confiar em Deus e permitir que Ele indique para nós a sua perfeita vontade.

Isso porque, só Ele sabe o que faz e o faz de maneira divinamente perfeita!

O corolário de tudo isso é que a maior de todas as razões pelas quais Deus faz tudo o que faz, e como faz, é o seu grande e infinito amor.



Foto: Vado